segunda-feira, 15 de junho de 2020


FÓRUM APRESENTA OTIMISMO NA RECUPERAÇÃO E 

RETORNO DAS ATIVIDADES NO BRASIL

Foi realizada sexta-feira (12/6) a segunda etapa do Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid-19, uma realização da Federação Paulista de Esporte & Fitness (FPEFIT) em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo (SEME).



O evento tem a promoção da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (ABRIESP), e os apoios do vereador Rodrigo Goulart, da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo (SE-SP), Conselho Regional de Educação Física de São Paulo (CREF4/SP), Sebrae SP, Fundação Getúlio Vargas, Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo (CAU/SP), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clube), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato das Entidades Desportivas do Estado de São Paulo (SEADESP), Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Esportes, Associação Brasileira de Secretários Municipais de Esportes e Lazer (ABSMEL), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil) e da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP).

Desta vez dividida em quatro painéis, a segunda parte do evento foi feita totalmente online, com participações remotas de figuras políticas, empresários e representantes de classes, para abordar a temática voltada aos segmentos público e privado e terceiro setor diante do impacto da pandemia na economia e no esporte do Brasil.

Na abertura do dia, a presidente da Federação Paulista de Esportes & Fitness – FPEFIT, Marlene Gouveia, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte – ABRIESP, Maurício Fernandez, receberam a companhia do chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo – SEME, André Luís Iera, e do secretário de Esportes do Estado de São Paulo, Aildo Rodrigues Ferreira.

“Nesses tempos de turbulência econômica, é importante termos soluções novas para problemas novos. Estamos de portas abertas para a população, o empresário e toda a cadeia produtiva para encontrarmos novos caminhos, para toda e qualquer e demanda”, discursou André Luís Iera, que revelou que o município de São Paulo já tem um manual pronto com recomendações para retomada dos eventos na capital.

Já o secretário estadual Aildo destacou o retorno das atividades esportivas em três propostas: para o futebol, clubes sociais esportivos e demais modalidades. “A volta do futebol é a que está mais adiantada e foi encaminhado um protocoloa um Comitê de Contingência, formado por profissionais de saúde, sobre com o retorno do Campeonato Paulista. Ao mesmo comitê também foram encaminhados protocolos de reabertura dos clubes e a retomada de outras modalidades esportivas, junto às suas respectivas federações”, detalhou.

Painel 1 – As Entidades do Desporto e o Impacto Econômico Covid-19
Mediado pelo ex-ministro do Esporte, Ricardo Leyser, o primeiro painel do dia teve a participação do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, do presidente da Associação Brasileira dos Secretários Municipais de Esportes e Lazer – ABSMEL, Humberto Panzetti, do CEO dos Jogos Pan-Americanos Masters Rio-2020, Fabio Rodrigues Fleischhauer, da advogada Kátia Dutra, do presidente da Recoma, Sérgio Schildt – ABRIESP, e do diplomata do Ministério das Relações Exteriores, Rodrigo Papa.

Iniciando o tema, Ricardo Leyser afirmou que após viver uma era de ouro, com a realização dos maiores eventos do mundo no Brasil, o esporte perdeu protagonismo no país e precisou de uma reorganização. Infelizmente, segundo ele, no meio dessa transição o mundo foi pego pela pandemia, impactando todos os setores da sociedade.

“Uma parte significativa do financiamento privado depende exponencialmente da participação e envolvimento das pessoas, o que é inviável nesse momento, com a reclusão social e a redução das atividades econômicas. Temos que encontrar os caminhos de retomada e as estratégias devidas, necessitando entender todos os protocolos, baseados na ciência e em conhecimentos técnicos. Um grande programa de modernização das estruturas esportivas é de grande valia para a nossa retomada e alguns deles estão em gestação no governo federal”, disse.

Jogos Tóquio-2020
Presidente do CPB, Andrew Parsons explicou os obstáculos enfrentados pelo adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano que vem. “Nunca na história os Jogos haviam sido adiados, somente cancelados. Cancelamentos são mais graves, é preciso fazer a devolução dos recursos e uma série de acertos, óbvio. Adiar, no entanto, é bem mais complicado. Você tem vários fornecedores, vários órgãos envolvidos. O modelo da vila, por exemplo, sempre envolve um agente privado, que depois vai vender os apartamentos, e agora deverão entrar em acordos para entregá-los um ano depois. O acerto econômico para manter as mesmas instalações esportivas, as vagas nos hotéis, muitas vezes pode trazer perda de receita”, explicou.

Jogos Pan-Americanos Masters 2020
Remarcado para o fim de 2021, o evento que acontecerá no Rio de Janeiro teve um impacto direto ainda mais relevante, considerando que atletas de 25 a mais de 100 anos de idade podem participar, o que engloba grande parte dos atletas no grupo de risco da Covid-19.

Segundo o CEO do comitê organizados dos Jogos, Fabio Rodrigues Fleischhauer, além da questão da receita, a pandemia impactou muito os patrocínios e ficou muito difícil de trazer empresas que acreditam na proposta. “Como uma empresa que está sofrendo nas suas operações vai apostar e investir num evento esportivo? Todo investimento público, no meio disso tudo, também é suspenso. Então sem dinheiro fica impossível viabilizar um evento”, lamentou.

Dessa forma, acredita que a saída deverá ser a realização de jogos mais simples e enxutos num primeiro momento. “Como vamos organizar isso? Precisamos mostrar que o esporte, a conexão com esse público, é uma grande oportunidade para alavancar o nome da empresa e sair da crise de uma melhor forma. É uma discussão que precisa ser fomentada”, finalizou.

Pensando pelo lado público, Humberto Panzetti entende que falta de verba nas pastas esportivas também são um empecilho para o desenvolvimento do setor. “Perante essa crise, os recursos acabaram, e sabemos que política pública sem orçamento é apenas discurso político. O que é mais preocupante é que não há dúvida que os recursos do esporte serão ainda mais achatados. Precisamos buscar fontes de dinheiro para fazer essa retomada. Precisamos pautar leis e projetos para que o esporte não morra, seja no executivo ou no legislativo”, avaliou.

E as ONGs?
Especialista no terceiro setor, Kátia Dutra tem uma preocupação especial com as organizações não-governamentais. Segundo ela, os dados são não nada bons para o segmento: “para se ter ideia, 72% das ONGs pararam suas atividades, sendo que a estimativa é que 58% delas encerrem suas atividades. Até agora, 16,9% já encerraram. Somente por volta de 24% têm a perspectiva de voltarem à normalidade após a pandemia.”

A necessidade de arrecadação para salvar essas entidades é evidente, seja pelas Leis de Incentivo ou outras formas. “Há uma expectativa de que as empresas, mesmo no sufoco, continuem pagando impostos, o que salvaria essas ONGs. Nesse cenário, muitas organizações que nunca trabalharam com isso vão precisar utilizar esses recursos”, acredita advogada.

Painel 2 – Financiamento: Verbas Públicas e Leis de Incentivo
Compuseram a mesa o vereador Rodrigo Goulart, José Ricardo Rezende, do Sindi Clube, e Marco Aurelio Pegolo dos Santos, o Chuí, representando a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.

Responsável pela emenda parlamentar que viabilizou o evento, Rodrigo Goulart apontou ter uma atenção especial para o esporte e como é possível ajudar o setor. “Atualmente tenho trabalhado muito na reabertura econômica no setor esportivo. Sabemos que temos uma dificuldade muito grande, mas estamos discutindo o retorno de várias atividades, principalmente esportes individuais, como o golfe, ou aqueles em que a distância entre os participantes é segura, bem como o esporte a motor. Há uma discussão entre o estado e a prefeitura para a reabertura dos espaços públicos e privados, como os clubes e academias, e a retomada das atividades esportivas”, revelou.

José Ricardo Rezende começou o seu discurso falando sobre o primeiro programa de viabilização financeira do esporte brasileiro: o Bolsa Atleta. “Foi o primeiro programa de destinação de recursos na história do esporte dopaís, permitindo oferecer uma renda fixa a atletas que não têm carteira assinada. Depois veio a Lei de Incentivo ao Esporte, que, nesses 12 anos de existência, destinou mais de 12 bilhões de reais ao segmento. Já no estado de São Paulo, a Lei Paulista permite captar recursos através da renúncia do ICMS das empresas. Os recursos públicos para o esporte existem, e, de certa forma, estavam funcionando bem, com as verbas sendo canalizadas, os projetos sendo executados, e tudo isso foi interrompido abruptamente com o impacto da pandemia. Nós temos que enfrentar o desafio de como utilizar esses recursos a partir de agora”, alertou.

Chuí explicou um pouco mais sobre a LPIE e ressaltou o impacto anual da lei na sociedade. “Precisamos construir um cenário de retomada com mais consistência. A LPIE existe desde 2008, funcionando junto ao terceiro setor na execução de projetos esportivos e paradesportivos, nas áreas educacional, formação desportiva, rendimento, sociodesportivo, participativa, gestão e desenvolvimento e infraestrutura. Aprovamos por ano de 220 a 250 projetos, impactando direta ou indiretamente 150 mil pessoas”, observou.

Painel 3 – Novos Modelos de Gestão, Cases e Oportunidades
A terceira mesa do dia teve uma apresentação de Randy Zhang, representante da China National Sports Group, Antonio Caputo, da Apex-Brasil, Rodrigo Papa, diplomata do Ministério das Relações Exteriores, José Roberto Geraldine Junior, do CAU/SP, Ricardo Mesquita Muniz, do MCTIC, Pedro Diniz Coelho de Souza, da ASBEA, e Alessandro Oliveira, da Soccer Grass.

No cenário da crise, Randy Zhang apresentou dados sobre o impacto na economia chinesa. “2020 é um ano para sobreviver, e não ganhar dinheiro, pois a situação foi muito grave na China. A taxa de desemprego é de 20,5%, com 70 milhões de desempregados. Há, no entanto, 8,74 milhões de estudantes aptos para entrar no mercado”, mostrou.

Dentre os cases de inovação e tecnologia, Zhang citou os e-sports, para o qual foi criada uma arena para crianças e jovens, com uma tecnologia aplicada em vários centros esportivos chineses. Nelas, todas as estruturas são automatizadas com scanner, câmeras de reconhecimento facial, controle de energia, monitoramento, entre outras soluções. “Queremos que o Brasil trabalhe com a China para desenvolver ainda mais ose-sports e oportunidades tecnológicas”, disse.

Outra grande invenção chinesa é o Big Data System: câmeras instaladas por todos os lados captando imagens de todos os jogadores em quadra, produzindo, via 5G, informações para análises sobre o futuro do jogador e suas características. Dessa forma, é possível aliar a tecnologia na formação de atletas.

Soft Power brasileiro
Uma das ferramentas mais importantes para o Brasil aumentar a presença e influência no mundo, aumentando os lucros em vários lugares, o soft powernada mais é do que a utilização do esporte e da arte para atrair negócios. Tendo isso em vista, Rodrigo Papa detalhou um trabalho de exportação de treinadores brasileiros para a China.

“Dentre as oportunidades que podemos ter nos países do Brics, a China é quem mais está demandando serviços com os treinadores, principalmente do vôlei e vôlei de praia, entre outras modalidades. Nossa tarefa no Itamaraty tem sido incentivar os técnicos brasileiros a aproveitarem oportunidades de trabalho nesses países, podendo aumentar suas rendas e mostrando sua expertise lá fora”, disse.
Ainda segundo ele, “nossas empresas hoje tem uma grande expertise após os grandes eventos no Brasil e queremos levar isso para fora, mostrando nosso potencial na construção de equipamentos esportivos como arenas, ginásios e centros de treinamento.”

Cidades inteligentes
Ainda um projeto embrionário e visto somente em países de primeiro mundo, as cidades inteligentes usam a tecnologia de informação e comunicação (TICs) para proporcionar a melhoria de vida, a melhoria na oferta de serviços públicos e a sustentabilidade, gerando riqueza, conhecimento e bem-estar aos cidadãos.

Ricardo Mesquita Muniz, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, apresentou o Plano Nacional Para Cidades Inteligentes, mostrando exatamente como funcionam. Dentre as soluções para as cidades, destacam-se o reconhecimento facial, câmeras de segurança inteligentes, monitoramento de lavouras, gestão escolar, mobilidade urbana, monitoramento de academias ao ar livre, ciclovias inteligentes, sensores de qualidade do ar e da água, arenas sustentáveis e mobilidade urbana.

“É necessário nesse plano ter critérios bem estabelecidos para sua implementação a fim de definir as cidades para projetos pilotos, disponibilizar soluções padronizadas e interoperáveis aos municípios e facilitar acesso a linhas de crédito. Como soluções do governo, poderá haver a disponibilização de aplicativos e sistemas para essas cidades inteligentes, com enfoque nas áreas de gestão pública municipal, saúde, educação, bem-estar, segurança, entre outras”, explicou.

BuiltByBrazil
Criado pela ASBEA em parceria com a Apex-Brasil, esse programa de internacionalização da arquitetura brasileira visa inserir no mercado internacional profissionais brasileiros de arquitetura e urbanismo, construindo um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma cultura exportadora para o segmento.

Segundo Pedro Diniz Coelho de Souza, o programa permite soluções integradas. “Com o apoio do governo, dos conselhos e entidades, as empresas podem ter um respaldo maior e muitas oportunidades, invés de tentarem sozinhas a exportação de seus serviços, negociando de forma direta com outros países”, salientou.



Painel 5 – Normatizações
No último painel do dia, participaram Alessandro Oliveira, da Soccer Grass, Ricardo Leyser, Camila Patrício, do Sebrae SP, e Marcus Ferrentini Sampaio, da FGV Projetos. O tema da mesa foi a normatização de regras para produtos esportivos, visando priorizar a qualidade e segurança das pessoas.

Experiente no segmento de grama sintética, Alessandro Oliveira afirmou que a produção desse material tem variedades de A a Z, com fios nacionais e importados. Essa enorme quantidade de fornecedores, segundo ele, não permite a certificação de qualidade do produto. “80% das licitações que vemos hoje, quem ganha usa o material mais barato. A ideia é criar um padrão de dois ou três tipos de produtos de qualidade e entender quais são os laudos para testagemda qualidade e resistência do fio. Ter um equipamento com resistência a UV é primordial”, explicou.

Ele ressalta que é necessário criar ferramentas que os órgãos responsáveis pelos editais consigam contratar com segurança, sem deixar, claro de haver uma concorrência nivelada. “É preciso ter cuidado com a saúde do usuário, pois há muitos lugares em que a grama ou piso do campo de futebol não é própria para essa prática, o que acaba causando lesões e acidentes”, afirmou.

Diante desse cenário, Camila Patrício colocou em discussão um problema muito visto nas análises de projetos que acaba tendo interferência direta na escolha por materiais de baixa qualidade. “Existe uma rotatividade muito grande dos gestores técnicos que abrem os editais, que muitas vezes não tiveram um treinamento. Assim, acabam se baseando em editais anteriores, mantendo os padrões de compras, como se o que deu certo antes (ou não) continuasse fazendo sentido agora”, disse.

Para combater isso, entrou em vigor em maio de 2020 uma obrigatoriedade para que todos os órgãos públicos, antes de contratarem produtos e serviços, façam um Estudo Técnico Preliminar (ETP) para aquisições públicas, aumentando a transparência e a gestão mais responsável e sustentável no processo de compra. “Deverá ser observado a partir de procedimentos num manual de compras no portal do governo federal. É necessário apresentar a descrição da contratação e a especificação técnica”, acrescentou Camila.

Para Ricardo Leyser, com a falta de recursos atual, não se pode dar ao luxo de contratar equipamentos que não se enquadrem dentro da melhor qualidade. “É necessária uma normatização técnica para os materiais esportivos. É necessário ter essa certificação local para cada tipo de utilização, seja uso social ou de rendimento. Precisamos refletir sobre o que é mais barato: aquilo que custou menos e dura muito pouco ou aquilo que custou um pouco mais, mas tem uma durabilidade muito maior?”, sugeriu.

Finalizando o tema, Marcus Ferrentini Sampaio afirmou que durante muitos anos o Ministério do Esporte teve uma base de referência de preços, com cerca de 8.500 produtos, e era muito difícil encontrar um padrão de qualidade e estabelecer um preço médio desse produto devido às várias especificações. “É necessário definir um padrão de especificação para que haja a garantia de qualidade e níveis de aquisição. No alto rendimento já são bem definidas as especificações feitas pelos órgãos de cada modalidade, e a gente precisa fazer isso para outros níveis, seja o esporte escolar, social e outros”, finalizou.

O Fórum Impacto Econômico no Esporte e Fitness Covid - 19 termina nesta sexta-feira (19/06) com o terceiro dia de evento, a partir das 9h00. Serão três painéis: “Situação do Setor Produtivo”, “Inovação e Cases de Sucesso” e “Varejo, Distribuição e Exportação”.

As inscrições são gratuitas e estarão abertas até quinta-feira às 18h00 através do site: https://www.impactoeconomicoesportecovid19.com/

Informações: (11) 95993-6999

E-mail: secretaria.forumieec19@gmail.com

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sexta-feira, 12 de junho de 2020


CREF-4, APOIO TOTAL AO EVENTO

“O intercâmbio de ações entre autoridades e entidades deverá acelerar a aplicação das propostas no ensino, pois atuam em diversas esferas públicas e privadas e têm diversos trabalhos e experiências, que precisam ser sistematizadas e apresentadas à população empresarial”, diz Nelson Leme da Silva Júnior, presidente do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo – CREF-4.

A participação de autoridades dos poderes legislativo e executivo, em todas as esferas do governo, é de suma importância para o evento. “O vereador Rodrigo Goulart tem um peso enorme no município de São Paulo, uma vez que estamos falando da maior casa de Leis Municipais deste país. O vereador sempre foi um grande parceiro e irmão de idéias modernas que viabilizam diversos projetos no setor produtivo. É um jovem político com muito entusiasmo e energia. Que naturalmente se tornou uma liderança importantíssima em diversos segmentos da sociedade”, diz o presidente do CREF-4.

Os palestrantes são experts em suas áreas de atuação e pela repercussão alcançada o Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid-19 classifica-se como um dos mais completos ciclos de debates realizados até agora no país.

O Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid-19 é uma realização da Federação Paulista de Esportes & Fitness (FPEFIT), promoção da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (ABRIESP), e os apoios da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, CREF4/SP, Sebrae SP, Fundação Getúlio Vargas, SINPEFESP, Apex-Brasil, CRCSP, CAU/SP, CAU/BR, ASBEA, Sindi Clube, FIESP, SEADESP, Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Esportes, ABSMEL, ABDI, ACAD Brasil e da ACEESP.


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PALAVRA DO SECRETÁRIO MAURÍCIO LANDIM

Autoridades ligadas ao esporte uniram-se às principais entidades representativas do fitness no Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid 19, que está sendo realizado em São Paulo em três etapas, para debaterem propostas que visem ao futuro do esporte.
Maurício Landim, Secretário Municipal de Esportes e Lazer do Município de São Paulo, qualifica o evento “de extrema importância, pois estamos vivendo uma situação inédita. É uma união de forças e idéias. A flexibilização da quarentena é uma excelente notícia e vamos seguir todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde, para que a volta das atividades esportivas seja segura para todos”.

Destaca também que “a participação do vereador Rodrigo Goulart tem sido fundamental para a realização do Fórum. Juntos, todos os setores que envolvem o esporte no país procurarão encontrar soluções para a retomada das atividades esportivas”.

O Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid-19 é uma realização da Federação Paulista de Esportes & Fitness (FPEFIT), promoção da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (ABRIESP), e os apoios da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, CREF4/SP, Sebrae SP, Fundação Getúlio Vargas, SINPEFESP, Apex-Brasil, CRCSP, CAU/SP, CAU/BR, ASBEA, Sindi Clube, FIESP, SEADESP, Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Esportes, ABSMEL, ABDI, ACAD Brasil e da ACEESP.


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quinta-feira, 11 de junho de 2020


VEREADOR RODRIGO GOULART, VOZ IMPORTANTE NO FÓRUM


Presente em todos os momentos desde que surgiu a iniciativa da Federação Paulista de Esporte & Fitness de promover um Fórum de grande alcance social, o vereador Rodrigo Goulart tornou-se praticamente um porta-voz do projeto, desenvolvendo ações que possibilitassem a realização do evento.

Surgiu assim o Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid 19, congregando as principais entidades do setor em debates e troca de sugestões que, em três etapas sucessivas, chegarão a um consenso sobre os caminhos a seguir a partir de agora, para recuperar os prejuízos oriundos dessa interrupção necessária, é verdade, e novamente gerar o interesse que o segmento desperta entre dirigentes, atletas e professores.

O jovem vereador participou da abertura do primeiro dia do evento, em 5 de junho, e novamente estará num painel do dia 12 de junho, colocando as suas propostas, destacando:  “É da maior importância a avaliação permanente dos integrantes dos segmentos da sociedade civil e das classes profissionais e empresariais que geram a economia e o desenvolvimento social das cidades.

Quase todos os segmentos empresariais, profissionais e de serviço dão conta dos prejuízos, com fechamento de estabelecimento e demissão de funcionários. Unindo o conhecimento de todos os setores conseguiremos encontrar um novo caminho para a prática esportiva e a convivência, que são essenciais para a saúde física e mental dos cidadãos e para o desenvolvimento e performance dos atletas”.

Ivo Simon
Jornalista
Analista de Eventos


FÓRUM DIFERENTE E INOVADOR

Todos os dias, todos os momentos o assunto é a Pandemia que assolou o mundo.  Lembrando a história, assemelha-se muito ao que ocorreu em 24 de outubro de 1929, a chamada Quinta-feira Negra, com o Crash da Bolsa de Nova York. A inesperada queda de 40% nas ações gerou pânico no país, a economia foi seriamente afetada, empresas fecharam e um terço da população ficou sem emprego. Passeatas, desespero nas famílias e um novo mundo pela frente, sem saber que caminho trilhar.

Momento muito semelhante ao que vivemos hoje. Especialistas estudam e anunciam propostas, mas que na prática tornam-se de difícil execução.
Acompanhei muitas palestras de atletas, professores, todos perplexos ante o inusitado da situação, mas foi o Fórum Impacto Econômico Fitness Covid-19 que trouxe as melhores propostas.

A iniciativa partiu da Federação Paulista de Esporte & Fitness, que conseguiu reunir as principais entidades que comandam o esporte no país, e autoridades que se uniram para orientar as propostas a seguir.

Ao lado das entidades, uma autoridade fundamental, o vereador Rodrigo Goulart, jovem realizador que definiu o momento: “O esporte sempre realizado de forma presencial levou ao cancelamento de eventos, torneios, campeonatos, paralisando academias, clubes e centros desportivos, mas é certo que o mercado logo se adaptará às novas condições. O Fórum é fundamental para entender, esclarecer e traçar as estratégias de controle, revisar metas orçamentárias e discutir procedimentos e ações inovadoras de todas as entidades”.

Ivo Simon
Jornalista
Analista de Eventos



DIRIGENTES E AUTORIDADES SOMAM ESFORÇOS

As principais entidades do país que atuam no segmento Fitness uniram-se a autoridades para buscar soluções que recuperem as ações esportivas de atletas, professores, clubes, academias e centros esportivos.

Após o choque com a rapidez que ocorreu com a interrupção das atividades, as mais significativas entidades do segmento atenderam ao chamado da Federação Paulista de Esportes e Fitness, e participam ativamente do Fórum Impacto Econômico Esporte Fitness Covid-19, em três etapas, dias 5, 12 e 19 de junho.

Juntou-se à organização o vereador Rodrigo Goulart, que tem se notabilizado por estar presente nos momentos mais importantes dos movimentos que beneficiam a sociedade, merecendo a seguinte referência do SINPEFESP, através de seu presidente José Antonio Martins Fernandes: “Parabenizo o vereador pela iniciativa em participar e ficamos na torcida por mais projetos no futuro para a categoria dos Profissionais de Educação Física.

O presidente do SINPEFESP ainda ressalta: “São 150 mil profissionais de Educação Física no Estado de São Paulo e estamos nos reunindo para proteger seus empregos e acompanhar as negociações que ocorrem”.

Ivo Simon
Jornalista
Analista de Eventos



FÓRUM IMPACTO ECONÔMICO NO ESPORTE FITNESS COVID-19 – PRIMEIRO DIA

Aconteceu na última sexta-feira, 5 de junho, o primeiro dia de palestras do Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness Covid-19, uma realização da Federação Paulista de Esporte & Fitness (FPEFIT) em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo (SEME).


O evento tem a promoção da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (ABRIESP), e os apoios da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo (SE-SP), Conselho Regional de Educação Física de São Paulo (CREF4/SP), Sebrae SP, Fundação Getúlio Vargas, Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo (CAU/SP), Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clube), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato das Entidades Desportivas do Estado de São Paulo (SEADESP), Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Esportes, Associação Brasileira de Secretários Municipais de Esportes e Lazer (ABSMEL), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil) e da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP).

Dividido em cinco painéis, o evento reuniu figuras importantes da cadeia produtiva do esporte para discutir soluções e caminhos para a retomada da economia e das atividades de toda a indústria do setor após a pandemia.

Entre participações presenciais e virtuais, por vídeo conferência, a abertura do fórum contou com secretário de Esportes e Lazer do município de São Paulo, Mauricio Landim, o vereador Rodrigo Goulart, presidente da Federação Paulista de Esportes & Fitness – FPEFIT, Marlene Gouveia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte – ABRIESP, Mauricio Fernandez, o vice-presidente da ABRIESP, Sergio Schildt, o diretor do CODE FIESP, Mario Frugiuele, o diretor adjunto CODE FIESP, Victor Hajah, o representante do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo, Pedro Roberto Pereira, e o representante da Soccer Grass, Edson Gomes.

Segundo Mauricio Landim, ainda não é possível avaliar o impacto geral da crise, mas que há uma luz no fim do túnel e unir forças do setor público e privado para encontrar maneiras de superar esse momento. “O esporte é uma ferramenta auxiliar na saúde e não podemos esquecer isso”, enfatizou.

Responsável pela emenda que viabilizou a realização do Fórum, o vereador Rodrigo Goulart disse que essa é uma crise sem precedentes, com reflexos muito importantes e que não há certeza sobre onde irá parar na economia. “O Esporte é um promotor da saúde, e é muito importante discutirmos isso, o panorama, com todos os espaços fechados. Temos que discutir com o Estado como alcançar as fases de flexibilização e retomada das atividades, bem como seremos no futuro e nos prepararmos da melhor maneira possível para isso”, disse em seu discurso de abertura.

Painel 1 – Impacto Econômico no Brasil e no Mundo: Situação Atual e Perspectivas

Participaram da mesa o deputado Julio Cesar Ribeiro, o secretário adjunto da Secretaria Especial do Esporte (Ministério Cidadania), André Alves, o representante da China National Sports Group, Randy Zhang, o diretor da Messe Munchen, Rolf Pickert, o vice-presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Thomas Timm, e o representante da Apex-Brasil, Antonio Caputo.

Representando Secretaria Especial do Esporte, André Alves afirmou que o papel da pasta é ser uma facilitadora do segmento esportivo e unir todas as entidades para conseguir dialogar e fazer uma política esportiva única. “Estamos preparando ações na Secretaria para dar continuidade ao andamento do setor esportivo no país, com o objetivo de retomar as atividades esportivas no país o mais rápido possível e de maneira segura. Conversamos com todos os atores do segmento para, em conjunto, obtermos sucesso nesse plano”, revelou.

Dentre algumas dessas ações, ele destacou o trabalho de aprovação de projetos via Lei de Incentivo ao Esporte, zerando a fila existente, reformulações para flexibilizar e desburocratizar a LIE, melhorias na Profut, ampliação do prazo de loterias esportivas, manutenção do programa Bolsa Atleta e a busca por apoios para o Esporte através de estatais.

Painel 2 – Perspectivas Financeiras e Tributárias do Impacto da Covid-19
Participaram da mesa o vereador Rodrigo Goulart, Richard Bilton, da Companha Athletica, Ailton Mendes da Silva, do CREF4-SP, Valter Piccino, do Sindi Clube, e Adriano Correa, do CRCSP.

Em sua fala, Rodrigo Goulart explicou que boa parte do orçamento desse ano para o Esporte no município acabou sendo transferida para a Saúde e Assistência Social, setores prioritários neste momento de crise. “Temos trabalhado desde o primeiro momento para termos uma diferenciação nos tributos municipais, apresentando, inclusive, a isenção ou prorrogação dos tributos fiscais. É muito importante que o setor nos traga suas colaborações para minimizarmos a situação e o impacto financeiro e econômico no nosso setor”, explicou.

Richard Bilton usou um tom otimista para o futuro, mas ressaltou a diminuição de receita para as academias nos primeiros meses de retomada. “Com a reabertura das academias, vamos ter que nos acostumar com uma operação com 35% a 50% do faturamento, que é o que já vem acontecendo em Santa Catarina. Para as academias é uma questão de sobrevivência voltar nos próximos meses”, disse.

A situação nos clubes não tem sido diferente. Nesse segmento houve um certo alívio em relação à folha salarial, devido aos cortes e encerramentos de contratos, mas as despesas continuam, como a manutenção das quadras, piscinas e demais instalações. “Os clubes estão tentando se manter, são longevos, pois primeiro são muito bem administrados tendo à sua frente pessoas capacitadas e com amor ao clube. Os clubes têm no mínimo 60% de sua entrada de dinheiro comprometidas com folhas e encargos salariais, depois manutenção e inadimplências”, explicou Valter Piccino.

Painel 3 – Perspectivas Trabalhistas
Mesa composta pela Dra. Katia Dutra, da KS Advogados, José Antonio Fernandes, presidente do SINPEFESP, Valter Piccino, do Sindi Clube, Flávia Augusto, do CRCSP, e Gilberto Bertevello, presidente da SEEAATESP.

Com a crise econômica causada pela pandemia, o fechamento do comércio e a diminuição nas operações das empresas, algumas medidas provisórias foram implantadas, permitindo a suspensão de contratos e redução salarial, a fim de evitar demissões em massa. A decisão das empresas fitness, visando atender a essas MPs, utilizou a antecipação das férias dos seus funcionários e depois suspenderam os contratos de trabalho, pois não tinham como atender o público pessoalmente e nem online, pela falta de ferramenta do público, ou mesmo a redução da carga de trabalho e salário.

“Todos tiveram queda em suas receitas, afetando o fechamento. Nós, profissionais da contabilidade, estamos dando esse suporte para que haja um remanejamento dos funcionários e todas as questões financeiras, tendo um cuidado especial também na retomada, que acontecerá de forma gradual, comimpactos menores”, explicou Flávia Augusto.

Katia Dutra explicou como funcionam essas medidas: “A suspensão do contrato pode ser usada até duas vezes em 60 dias pelas empresas. Já a redução de carga horária e, consequentemente, do salário pode ser usada por 90 dias, com cortes de 25%, 50% ou 70%.”

Segundo ela, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo registrou 1.700 novas ações trabalhistas em 70 dias, devido às demissões em massa durante a pandemia. Outro problema apontado pela advogada foi o abandono ao terceiro setor. “É um setor que não se sustenta, não consegue aprovar projetos, não tem publicidade, e muitas crianças e pessoas não estão conseguindo praticar esportes devido a isso”, afirmou.

Para Gilberto Bertevello, “é muito difícil suportar uma folha de pagamento com os encargos existentes. O ideal seria o funcionário receber por produtividade e não por carga horária. Precisamos de uma reforma interna, e talvez a pandemia seja uma oportunidade de darmos início a essa revolução.”

Painel 4 – Perspectivas Econômicas
O quarto painel do dia contou com as participações de Leonardo Pereira, da SELFIT, André Rebelo, da FIESP, e Mario Frugiuele, diretor do CODE FIESP.

“Olhando para fora é como devemos agir aqui dentro”, disse Leonardo Pereira, em relação aos processos de retomada econômica no Brasil. “Quando falamos em perspectivas econômicas, olhamos para o prognóstico de países que já passaram pelo pico da pandemia. Os protocolos lá foram muito bem implementados e elaborados. Olhando para fora se percebe uma nova perspectiva em função do que aconteceu realmente”, explicou.

Segundo André Rebelo, a confiança dos empresários despencou. “O PIB foi negativo no primeiro trimestre, como esperado. E deve haver um aprofundamento da crise no segundo trimestre. É esperada uma recuperação somente no terceiro trimestre do próximo ano, com muita incerteza de como será feita a retomada no segundo semestre deste ano, principalmente no sentido de ativação do agendamento de reformas”, disse.

Já Mario Frugiuele afirmou que o governo brasileiro tomou medidas e efetivou ações muito corretas e específicas no sentido de ajudar a iniciativa privada (pequenas, médias e grandes empresas) para poder sustentar os empregos e, desta forma, viabilizar uma retomada menos traumática. “Na área econômica o governo agiu de forma exemplar, e com certeza essas medidas serão importantíssimas na retomada. Nós temos uma questão: o crédito para essas empresas, que algo é algo absolutamente importante. A solução que o governo está apresentado é a questão da garantia, que faz com que o crédito seja concedido. Essa garantia precisa ser dada pelo governo ou pelo Banco Central, de forma a facilitar o crédito para as empresas”, explicou.

Painel 5 – Oportunidades e Riscos do Mercado Esporte Fitness
Participaram da discussão desse tema Maisa Blumenfeld, do Sebrae SP, IstvanKasznar, da FGV, Pedro Roberto Pereira de Souza, do CREF4-SP, Humberto Panzetti, da ABSMEL, e Marco Aurélio Pegolo dos Santos (Chuí), representando a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.

Segundo Maisa Blumenfeld, a pandemia atinge 80% do setor de serviços como um todo, e a maioria das empresas afetadas são as empresas prestadoras de serviços que visam o cliente final. “As academias de ginástica são um exemplo disso. A gente entende a importância da união do setor produtivo do esporte como um todo. Com certeza precisamos sair com uma nova forma de atuação. Tivemos uma queda de faturamento de 94% no setor de academias. Para ajudar essas empresas o Sebrae vem trazendo programas específicos, que visam que esses gestores aumentem suas competências de gestão”, revelou.

IstvanKasznar, por sua vez, enfatizou duas palavras: oportunidade e risco.“Em um momento como esse, nos setores fitness e de esporte, não faltam oportunidades, mas é preciso ordenar isso tudo. Oportunidades mal organizadas podem levar a riscos. Se estou pensando em medidas, patrimônios livres, vendas totais, estou chegando provavelmente em noções de risco. Neste quadro tenebroso da economia mundial, temos uma queda de 18,8% da indústria. As atividades ditas não essenciais tiveram queda de 64%. As receitas estão despencando, se não é que não sumiram, enquanto as despesas estão aí. É preciso de um choque de custos para que eles sejam repensados e diminuídos”, afirmou.

Já Humberto Panzetti acredita que existe uma falta de importância dada ao setor esportivo durante a pandemia, visto que os riscos à saúde são maiores também em pessoas sedentárias. Outro problema foi o momento em que a crise se instalou, atrapalhando e muito o trabalho nas secretarias municipais de Esporte. “A pandemia veio num momento muito delicado para os municípios, pois está afetando não só o fim de uma gestão como comprometendo o início da próxima, uma vez que 2020 é um ano eleitoral no âmbito municipal”, explicou.



Painel 6 – O Contexto Global das Academias
Participaram da última mesa do dia Rialdo Tavares, CREF4-SP, Ralph Scholz, da alemã ISPO Network, e Marcos Rezende, da CSG.

A recuperação na Alemanha
Ralph Scholz afirmou que na Alemanha a situação já está em um nível de controle maior do que outros lugares do mundo, como o Brasil. Segundo ele, contribuiu muito para isso o lockdown instalado pelo governo local durante dois meses. “Nos locais com maior população, começamos uma reabertura gradual. O setor de fitness é uma parte muito importante que permite treinar o corpo e a mente. Fizemos um grande estudo sobre essa tentativa de reabertura, nos baseando em estudos de outras universidades, tomando todos os cuidados sobre o que podemos fazer contra os riscos de infecção dentro de uma academia. É necessário ter a garantia que as pessoas não vão contrair o vírus dentro dos estabelecimentos. Nós fizemos uma iniciativa, na qual fizemos um lob com os políticos, com um marketing muito importante, formando uma equipe que se integrou muito bem e trabalhar na reabertura”, apresentou o case de sucesso alemão.

O cenário nos EUA
Morando nos Estados Unidos, Marcos Rezende, mostrou como a inovação teve papel fundamental por lá. “Uma saída encontrada pelas academias aqui foram aulas online e aluguéis de equipamentos das academias para a casa dos clientes. As vendas online de equipamentos e materiais esportivos cresceram muito (no último ano cresceu 308%). Com o retorno, todas as academias deverão manter um espaço de dois metros entre um equipamento e outro, fazendo com que sobrem equipamentos, tornando o aluguel uma saída contínua para se obter novo faturamento. Acredita-se que uma grande porcentagem das pessoas não voltará para as academias por insegurança, mas manterão as atividades dentro de casa. Isso faz com que a indústria esteja pronta para atender a demanda dos produtos fitness caseiros. As expectativas indicam de um a dois anos para a plena recuperação do setor. A inovação nesse momento é crucial, mesmo sem saber o que esperar nos próximos meses.”

E no Brasil?
Rialdo Tavares revelou que a Associação Brasileira de Academias criou um manual de procedimentos para o retorno das atividades, disponível gratuitamente no site da ACAD Brasil, incluindo quatro pontos principais:

- Procedimentos gerais de limpeza
- Uso dos Equipamentos de Proteção Individual, os chamados EPIs
- Medidas operacionais preventivas (utilização de termômetros, distância dos equipamentos, calçados etc)
- Recomendações específicas para os ambientes aquáticos

“Precisamos provar para o mercado e para o empresário que a academia é um lugar seguro e não será um polo de disseminação do vírus. Hoje, estamos muito mais seguros do que shoppings, mercados e farmácias”, observou.

Marco Aurélio Pegolo dos Santos, o Chuí do basquete, disse que São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a apresentar um plano de retorno. “Protocolos são importantes, o que e como fazer, baseados na ciência. E é o que governo do estado está fazendo. Não queremos correr o risco de ter a volta desse pico”, finalizou.

PRÓXIMAS ETAPAS

O Fórum terá mais dois dias, 12 e 19 de junho, das 8h30 às 14h00. As inscrições serão encerradas um dia antes, às 18h00.