quinta-feira, 11 de junho de 2020


ENTREVISTA VEREADOR RODRIGO GOULART

Participante ativo da Edilidade Paulistana, o nobre vereador analisa a importância do Fórum Impacto Econômico no Esporte Fitness COVID-19


Qual a importância no momento atual do Fórum Econômico no Esporte Fitness COVID-19?

Penso que é da maior importância a avaliação permanente dos integrantes dos segmentos da sociedade civil e das classes profissionais e empresariais que geram a economia  e o  desenvolvimento social das Cidades. Neste cenário de pandemia, cujo controle e resultados dependem muito dos esforços conjuntos para o enfrentamento da crise, a realização do FIEECOVID-19 é imprescindível, não só para entender e esclarecer seus integrantes sobre os impactos, mas principalmente para traçar as estratégias de controle, revisar metas orçamentárias e discutir possíveis instrumentos, procedimentos e ações inovadoras que possam contribuir para o fortalecimento de seus integrantes e o equilíbrio financeiro almejado.


Como a Edilidade Paulistana está administrando as suas atividades?

A Edilidade Paulistana buscou, imediatamente ao anúncio da pandemia COVID-19, seguir todas as orientações da OMS e dos órgãos de saúde de todas as esferas, promovendo desde logo o isolamento social. Para tanto, e em respeito à legislação vigente, aprovou Projetos de Resolução determinando:

 a suspensão das atividades presenciais (os servidores passaram a trabalhar no sistema “home-office”), com vedação expressa ao acesso do público à sede do Legislativo, prevendo prorrogações que estão sendo cumpridas (o último prazo estabelecido até a data desta resposta finda em 31/05/2020);

suspensão temporária das Sessões Ordinárias, audiências públicas e demais eventos, afastando qualquer hipótese de reunião presencial;

criação do Plenário Virtual, através do qual a Edilidade discute e aprova em Sessões Extraordinárias,  por videoconferências transmitidas pelos Auditórios-Online, todas as matérias relativas à pandemia e medidas emergenciais para o enfrentamento do estado de calamidade pública decretado pelo Congresso Nacional.

Importante registrar que as medidas emergenciais adotadas pela Câmara, para além de proteger a saúde de seus servidores e dos cidadãos que frequentam o Palácio Anchieta, buscaram também dar sua contribuição financeira ao Município, reduzir suas despesas e autorizar o Executivo a adotar ações entendidas como necessárias para minimizar os impactos decorrentes do isolamento social principalmente para as classes consideradas vulneráveis.   

Ressalte-se:

a transferência de R$38,3 milhões do Fundo de Despesas da Câmara Municipal de São Paulo para a Prefeitura, para aplicação preferencialmente nos serviços de saúde e assistência social;

a transferência de R$ 10 milhões do Fundo de Despesas do Tribunal de Contas do Município para a Prefeitura, para aplicação preferencialmente nos serviços de saúde e assistência social;

a redução dos subsídios e da verba de custeio dos gabinetes parlamentares em 30% (trinta por cento);

a redução das despesas da Câmara com contratos de manutenção de equipamentos, compra de materiais, entre outras;

a aprovação do PL 260/2020 (Lei nº 17.340, de 30 de abril de 2020) dispondo sobre medidas de proteção da saúde pública e de assistência, bem como relativas a dilação e suspensão de prazos de alvarás e concursos públicos para o enfrentamento da Emergência de Saúde Pública, em decorrência da Infecção Humana pelo Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Município de São Paulo; cria o Selo Empresa Parceira da Cidade de São Paulo e o Mês do Combate ao Coronavírus e autoriza doação de imóvel da União com o encargo social que especifica;

a indicação ao Prefeito Bruno Covas (já atendida) sobre a importância de conceder ABONO aos servidores da Saúde, Assistência Social, Amlurb, Agentes de Fiscalização e do Serviço Funerário.

Qual o impacto social na saúde, economia e esportes?

O impacto social da COVID-19, nesta data, me parece ainda imprevisível. Isto porque estamos lidando com uma situação – que exigiu o isolamento social – para a qual não estávamos preparados e que ainda não atingiu seu ápice.

Na Saúde, os números de infectados e mortos estão sendo divulgados diariamente pela mídia e são preocupantes. Em que pese as medidas emergenciais adotadas pela administração pública –  de conscientização da importância do isolamento social,  de prover leitos  e UTIs hospitalares e de criar auxílios para a população vulnerável, a crise na Cidade de São Paulo ainda não foi controlada.

Na economia a crise é sem precedentes. Quase todos os segmentos empresariais, profissionais e de serviço que temos ouvido dão conta de prejuízos, com fechamento de estabelecimentos, demissão de funcionários e de ausência de perspectiva de arrefecimento no curto prazo. O Município já encara grande  perda de arrecadação no exercício de 2020.

O Esporte, por ser um segmento que se dá sempre de forma presencial, também sofreu retração total  em ambos aspectos, social e econômico.  Eventos, torneios, campeonatos cancelados, academias, clubes e centros desportivos paralisados apontam para prejuízos financeiros e sociais já que a prática esportiva e a convivência são essenciais para a saúde física e mental dos cidadãos e para o desenvolvimento e performance dos atletas.

Concorda ou discorda das medidas propostas pelas autoridades brasileiras e mundiais, como o cancelamento ou transferência de eventos como campeonatos, inclusive Jogos Olímpicos?

Não há nada mais importante do que a preservação da vida humana! Logo, temos que concordar com as autoridades que o isolamento social é ação necessária para, se não impedir, pelo menos controlar a contaminação pelo Coronavírus até que possamos contar com vacinas e de modo a não colapsar o sistema de saúde.

Como a sociedade ou empresas podem ou deveriam ajudar?

A principal contribuição é o respeito ao isolamento social enquanto durar a pandemia ou até que se tenha segurança para a retomada das atividades. Suportar a adversidade, mantendo os empregos é contribuição inestimável. A solidariedade para com os mais vulneráveis é o que se espera de todos.

O que prevê para o futuro e que sugestões propõe como solução imediata?

Difícil fazer previsões diante de uma situação insólita como a que estamos vivendo. Mas sabemos que as Universidades e o pensamento científico está voltado para a busca de vacinas, medicamentos e detecção de gargalos nas ações e políticas públicas  de modo a evitar colapsos sociais.

Assim, é de se esperar que a união de esforços, a adoção de medidas governamentais de suspensão de prazos para pagamentos de tributos e taxas de consumo das concessionárias de serviços, a adoção de novas formas de trabalho e desenvolvimento de atividades remotas, a requalificação profissional, a utilização das plataformas para eventos virtuais podem contribuir em muito para a superação da crise.

Como os promotores de eventos, atletas e centros de treinamento poderão sobreviver se faltarem patrocinadores?

A crise é temporária. Sem dúvida o segmento dos eventos (esportivos, bem como os artísticos e de turismo) já foram afetados inexoravelmente. No entanto, é certo que o mercado se adaptará às novas condições impostas pela pandemia.

O modelo de eventos e/ou conferências ou jogos online são alternativa ou caminho para serem incrementados ?

Não há como comparar o efeito de um evento presencial com o virtual. Mas, sim, sem dúvida devem ser incrementados, porque para além de ser a forma possível de minimizar os danos causados pela pandemia, é uma ferramenta moderna e uma tendência que pode se intensificar.


Rodrigo Goulart
Vereador – Líder do PSD

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